quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Carnaval é história

Desfile de bonecos gigantes

A história do Carnaval de Olinda confunde-se com a história da folia no Recife e em Pernambuco, originária do antigo entrudo - festa pagã européia, que chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses.

Era uma brincadeira onde os foliões lançavam farinha, tinturas e água suja. Foi proibida oficialmente e aos poucos incorporou elementos como o confete e a serpentina. Em Pernambuco, o entrudo português mudou no século XVII, quando assimilou costumes africanos. No século XIX, surgiram o frevo e o passo, o que deu ao Carnaval de Pernambuco uma singularidade única no Brasil. A partir de então, começaram a ser organizadas as primeiras agremiações nos bairros populares.

O Carnaval de Olinda data do início do século XX, coincidindo com o surgimento de diversas agremiações, algumas das quais ainda presentes nos carnavais da atualidade, como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, fundado em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, de 1912.

A festa preserva as mais puras tradições da cultura pernambucana e nordestina. Todo ano, pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta desfilam centenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, que mantêm vivas as raízes da mais popular festa do Brasil. São clubes de frevo, troças, blocos, maracatus, caboclinhos, afoxés, cujas manifestações traduzem a mistura dos costumes e tradições de brancos, negros e índios, base da formação do nosso povo e de nossa cultura.

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